SBNeC 2010
Resumo:J.047


Poster (Painel)
J.047EFEITOS COMPORTAMENTAIS E NEUROQUÍMICOS DA ADMINISTRAÇÃO DE TAMOXIFENO EM UM MODELO ANIMAL DE MANIA INDUZIDO POR ANFETAMINA
Autores:Amanda Valnier Steckert (UNESC - Universidade do Extremo Sul CatarinenseUNESC - Laboratório de NeurociênciasUNESC - Laboratório de Fisiopatologia ExperimentalINCT-TM - Instituto de Ciência e Tecnologia Translacional em Medicina) ; Samira da Silva Valvassori (UNESC - Universidade do Extremo Sul CatarinenseUNESC - Laboratório de NeurociênciasINCT-TM - Instituto de Ciência e Tecnologia Translacional em Medicina) ; Camila Leite Ferreira (UNESC - Universidade do Extremo Sul CatarinenseUNESC - Laboratório de NeurociênciasINCT-TM - Instituto de Ciência e Tecnologia Translacional em Medicina) ; Francielle Mina (UNESC - Universidade do Extremo Sul CatarinenseUNESC - Laboratório de Fisiopatologia ExperimentalINCT-TM - Instituto de Ciência e Tecnologia Translacional em Medicina) ; Felipe Dal Pizzol (UNESC - Universidade do Extremo Sul CatarinenseUNESC - Laboratório de Fisiopatologia ExperimentalINCT-TM - Instituto de Ciência e Tecnologia Translacional em Medicina) ; João Quevedo (UNESC - Universidade do Extremo Sul CatarinenseUNESC - Laboratório de NeurociênciasINCT-TM - Instituto de Ciência e Tecnologia Translacional em Medicina)

Resumo

Objetivos: Avaliar os efeitos comportamentais e neuroquímicos da administração de tamoxifeno em um modelo animal de mania induzido por anfetamina. Métodos: Foram utilizados 96 ratos Wistar, adultos, machos (250 a 300g). No modelo reversão, os animais (n=48) receberam uma injeção intraperitoneal (i.p) de anfetamina (AMPH, 2 mg/kg) ou salina durante 14 dias. No 8º dia de tratamento, os animais foram divididos em dois grupos: 1) salina (1 mL/kg i.p, 2 vezes ao dia) e 2) Tamoxifeno (Tam) (1mg/kg i.p, 2 vezes ao dia) durante 7 dias. No modelo prevenção, os animais (n=48) receberam Tam ou salina durante 14 dias. No 8º dia de tratamento, os animais foram divididos em dois grupos: 1) AMPH e 2) salina. A atividade locomotora dos animais foi avaliada em ambos os modelos através do teste do campo-aberto. Os ratos foram mortos e o cérebro dissecado em amígdala, pré-frontal, hipocampo e estriado para posterior análise bioquímica. O dano oxidativo em lipídios foi avaliado através da técnica de TBARS e o dano em proteínas foi mensurado através da técnica de carbonilação de proteínas, conforme previamente descritas. Resultados: A administração de tamoxifeno reverteu (42,85+5,11) e preveniu (48,91+4,12) a hiperatividade induzida pela anfetamina, em comparação aos grupos controles (79,44+6,98/90+3,87), respectivamente. Tamoxifeno reverteu o dano oxidativo em lipídios na amígdala (2.E-4+4E-5), em comparação ao grupo controle (8E-4+2E-5). O fármaco também apresentou efeito protetor sobre o dano oxidativo em proteínas na amígdala (3E-3+6E-4), pré-frontal (1E-3+1E-4) e estriado (9E-3+1E-3), em comparação ao grupo controle (1E-2+1E-3). Conclusões: Tamoxifeno apresenta efeitos comportamentais sobre a hiperatividade induzida pela administração de AMPH em um modelo animal de mania, podendo apresentar efeitos neuroquímicos em determinadas regiões cerebrais. Estes resultados reforçam a hipótese de que a PKC possa estar envolvida na fisiopatologia do Transtorno do Humor Bipolar.


Palavras-chave:  Anfetamina, Dano oxidativo, Tamoxifeno, Transtorno do Humor Bipolar