SBNeC 2010
Resumo:J.048


Poster (Painel)
J.048Efeito do exercício físico sobre o conteúdo de radicais livres e da atividade da enzima mieloperoxidase em hipocampos de ratos
Autores:Gisele Agustini Lovatel (UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul) ; Cláudia Vanzella (UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul) ; Arthur Brandão (UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul) ; Camila Dallazen (UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul) ; Karine Bertoldi (UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul) ; Ionara Rodrigues Siqueira (UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul)

Resumo

Objetivos: Há evidências de que a neuroproteção induzida pelo exercício físico está associada à inibição da injúria inflamatória e da alteração do estado oxidativo celular. Nosso objetivo foi avaliar o efeito de um protocolo de exercício físico com atividade neuroprotetora sobre o conteúdo de radicais livres e a atividade da enzima mieloperoxidase, como um marcador de inflamação cerebral, em hipocampos de ratos Wistar. Métodos: Foram utilizados 25 ratos Wistar machos adultos (3 meses). Os animais foram submetidos a exercício físico de corrida em esteira ergométrica adaptada para ratos, 20 min diariamente (EXE) durante 14 dias ou mantidos sedentários permanecendo 5 min na esteira desligada (SED). Após 1 h ou 18 horas da última sessão de treino, os ratos foram decapitados, o encéfalo removido e o hipocampo dissecado e congelado em N2 líquido. Após, os hipocampos foram homogeneizados em tampão fosfato de sódio 50 mM (pH 6,0) e brometo de hexadeciltrimetilamônio 0,5%. As amostras foram submetidas a 3 sessões de “freeze-thaw” e sonicadas por 10 seg. Após, as amostras foram centrifugadas a 14.000 rpm por 20 min a 4⁰C, ao término o sobrenadante foi coletado para ensaios bioquímicos. Para avaliar a atividade da enzima mieloperoxidase, o sobrenadante foi incubado em um meio de reação constituído de tampão fosfato 50 mM (pH 6,0) contendo O-dianisidina e H2O2 (0,01%). A absorbância foi avaliada espectrofotometricamente a 650 nm. O conteúdo de radicais livres foi monitorado com o probe, diacetato de diclorofluoresceína, que é oxidado ao composto fluorescente DCF, detectado em λ=503 nm excitação e λ=529 nm emissão. Os resultados foram analisados por ANOVA. Resultados: O exercício não alterou significativamente o conteúdo de radicais livres em hipocampos de ratos. Resultados expressos em nmol de DCF formado/mg de proteína DCF (EXE 1h= 0,078 ± 0,008; EXE 18hs: 0,082 ± 0,008; SED 1h: 0,076 ± 0,004; SED 18 hs: 0,082±0,011) (F(3,21)= 0,656, p= 0,590). Da mesma forma, não houve diferença significativa na atividade da enzima mieloperoxidase após exercício físico entre os grupos (EXE 1h= 0,227 ± 0,075; EXE 18hs: 0,351 ± 0,118; SED 1h: 0,253 ± 0,059; SED 18 hs: 0,263 ± 0,080) (F(3,20)= 2,086, p= 0,140). Não houve correlação significativa entre o conteúdo de radicais livres e a atividade da mieloperoxidase (Person R2=0,2499; P=0,499). Conclusão: O protocolo de exercício físico de corrida em esteira ergométrica com atividade neuroprotetora parece não alterar o estado oxidativo celular e a resposta inflamatória, avaliados respectivamente, pelo conteúdo de radicais livres e a atividade da mieloperoxidase em hipocampos de ratos Wistar a curto e médio prazo.


Palavras-chave:  exercício físico, inflamação, radicais livres