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J.058 | APLICAÇÃO DO MÉTODO ISOSTRETCHING EM ADOLESCENTES PORTADORES DE PARALISIA CEREBRAL ESPÁSTICA | Autores: | Larissa Oliveira Melloni de Faria (UNICAMP - Universidade Estadual de Campinas) ; Poliana Chiemi Yamagute (UNICAMP - Universidade Estadual de Campinas) ; Geruza Perlato Bella (UNICAMP - Universidade Estadual de Campinas) |
Resumo [OBJETIVOS] Este estudo tem como objetivo investigar os efeitos da aplicação do método Isostretching em indivíduos portadores de paralisia cerebral (PC) espástica. [SUJEITOS E MÉTODOS] Participaram deste estudo dez portadores de paralisia cerebral hemiparética e diarética espástica, com idades entre 9 e 18 anos, com marcha independente e compreensão preservada. A aplicação do método Isostretching foi realizada em sessões com duração de 45 minutos, sendo que quatro pacientes compareceram duas vezes por semana e seis pacientes compareceram uma vez por semana, totalizando dez e vinte sessões ao final do tratamento, respectivamente. O alinhamento postural foi analisado por meio do Software de Avaliação Postural SAPO (FAPESP), a força muscular dos principais grupos musculares de membros inferiores foi mensurada através do exame manual da força muscular (Daniels, Williams e Worthington, 1995), a amplitude de movimento ativa (ADM) das articulações do quadril, joelho e tornozelo foi mensurada baseado no Manual de Goniometria Marques (Marques, 1997), a marcha foi avaliada através da versão adaptada da avaliação dinâmica da marcha PRS (Physicians Rating Scale) (Koman, et al. 2001), e o teste de caminhada de 1 minuto (McDowell, et al. 2005). A avaliação inicial e final de cada participante foi analisada. [RESULTADOS] Foi observado aumento significativo na média das ADMs ativas para os movimentos de flexão de quadril à esquerda, extensão de quadril à esquerda e abdução de quadril bilateral (p<0,05, teste t de student pareado). Em relação à força muscular, obtivemos aumento significativo nas médias para os grupos musculares de extensores de quadril direito (p<0,001) e esquerdo (p=0,01), abdutores de quadril à direita (p< 0,05), extensores de joelho à direita (p< 0,05), flexores de joelho à direita (p=0,05) e plantiflexores de tornozelo à direita (p<0,05) (teste t de student pareado). Foi observado aumento significativo na avaliação final da distância percorrida durante o teste de caminhada de um minuto e aumento no número de passos que os sujeitos conseguiram dar em um minuto ( p = 0,01; teste t de student pareado). Quanto ao alinhamento postural, diferença significativa foi obtida apenas para a diferença de comprimento entre os membros inferiores (p= 0,05; teste t de student pareado). Entretanto obteve-se melhora do alinhamento, representada por diminuição dos valores brutos em 50% dos pacientes para o alinhamento horizontal dos acrômios e alinhamento horizontal da cabeça; em 70% dos pacientes para o alinhamento horizontal das tuberosidades da tíbia e ângulo Q direito, em 80% para o ângulo Q esquerdo e em 40% para o alinhamento horizontal das espinhas da escápula. [CONCLUSÃO] Esta pesquisa pôde demonstrar que o método Isostretching é um tratamento viável para a melhora do alinhamento postural, força, amplitude de movimento e marcha de pré-adolescentes e adolescentes portadores de PC espástica, mesmo com resultados a curto-prazo (até 20 sessões). Contudo, para a comprovação da eficácia do método seriam necessárias novas investigações com um maior número de sujeitos, tempo de tratamento prolongado incluindo maior número de sessões, e um acompanhamento a longo-prazo. Palavras-chave: alinhamento postural, Isostretching, paralisia cerebral espástica |