SBNeC 2010
Resumo:H.009


Poster (Painel)
H.009Distribuição de fibras relaxina 3 no diencéfalo de ratos
Autores:Celia Waylan Pereira (UFS - Universidade Federal de SergipeRENORBIO - Rede Nordeste de Biotecnologia) ; Marcos Otero-garcia (UV - Universidade de Valencia) ; Francisco Eliseo Olucha-bordonau (UV - Universidade de Valencia) ; Fabio Neves Santos (UFS - Universidade Federal de SergipeRENORBIO - Rede Nordeste de Biotecnologia)

Resumo

Em geral se considera o tronco cerebral como um conjunto de centros capazes, por um lado, de modular o funcionamento global dos processos cognitivos e emocionais e, por outro lado, de modular as respostas viscerais. Um dos centros capazes de controlar a ambos os processos é o núcleo incertus no tegmento pontino. O núcleo incertus se localiza dorsalmente ao fascículo longitudinal medial na linha media ao nível do locus coeruleus. É formado por neurônios que contém GABA o qual co-localiza com um peptídeo recentemente descoberto, a relaxina 3. O núcleo incertus contém uma alta densidade de receptores CRF-R1 pelo que poderia revelar informação acerca do stress em centros talâmicos e hipotalâmicos. Assim, no presente estudo objetivou-se estudar a distribuição das fibras relaxina 3 no diencéfalo de ratos. Foram utilizadas 10 ratos Sprange-Dawley adultos. Após anestesia, os animais foram perfundidos com paraformaldeído (PFA) a 4%, tiveram os cérebros extraídos e conservados no fixador por 24h, quando então foram transferidos para uma solução crioprotetora de PBS sacarose a 30%. Dos cérebros foram obtidas 6 séries de cortes de 40µm. Os cortes foram processados com dupla marcação imunocitoquímica frente a relaxina 3 (DAB-niquel) e frente a outros marcadores como tirosina hidroxilase, óxido nítrico sintetase (NOS), calbindina ou calretenina (DAB). Os cortes foram desenhados em câmara clara com aumento de 200x. Os experimentos foram realizados na Universidade de Valencia, Espanha. Todo procedimento foi realizado de acordo com as diretrizes espanholas (BOE 67/8509-12, 1998) e as normas da União Européia (86/609/EU) para uso de animais de laboratório. Os resultados mostraram que o tálamo possuía uma intensa marcação de fibras na habênula lateral e fibras mais finas na habênula medial. Observaram-se também algumas fibras no núcleo centrolateral e no núcleo mediodorsal. Foram observadas fibras no núcleo paraventricular anterior e posterior do tálamo, núcleo paratenial, no núcleo reuniens e no núcleo rombóide. Lateralmente, se encontraram plexos densos de fibras na lâmina intergeniculada e no complexo paralaminar. Foi observado, também, algumas fibras nas divisões dorsal e ventral da zona incerta. No hipotálamo se observou uma alta densidade de fibras ao longo de toda área lateral hipotalâmica e ainda que esta seja a via do fascículo longitudinal medial, algumas fibras mostram aspectos similares a terminais. Observaram-se fibras no restante das áreas hipotalâmicas exceto na região magnocelular dos núcleos supra-óptico e paraventricular, porção central do núcleo ventromedial hipotalâmico e marcação escassa no núcleo premamilar ventral. A marcação foi muito intensa no núcleo supramamilar e na parte periférica do mamilar lateral, no entanto, a porção central do mamilar lateral e os mamilares mediais estavam livres de marcação com relaxina 3. Pode.se concluir que o padrão de fibras relaxina 3 positivas no tálamo se distribui ao longo dos núcleos intralaminares da linha media relacionadas com funções cognitivas e emocionais através do hipocampo, amígdala e córtex prefrontal. As projeções amplas sobre o hipotálamo indicam que as projeções realaxina 3 positivas devem ter uma função importante na modulação do metabolismo e funções vitais.
Instituições de Fomento: FIS-ISCIII PI061816 España, CAPES processos Bex: 4494/09-1 e 4496/09-4, e Fundaçao de Amparo à Pesquisa e Inovação Tecnológica de Sergipe (FAPITEC)


Palavras-chave:  Relaxina 3, Diencéfalo, Modulação