Poster (Painel)
J.150 | ASSOCIAÇÃO ENTRE GRAVIDADE DA FASE DE STRESS E CEFALÉIA | Autores: | Vivian Mascella (PUC CAMPINAS - Pontifícia Universidade Católica de CampinasLEPS - Laboratório de Estudos Psicofisiológicos do Stress) ; Louis Novaes Lipp (PUC CAMPINAS - Pontifícia Universidade Católica de CampinasLEPS - Laboratório de Estudos Psicofisiológicos do Stress) ; Marilda Emmanuel Novaes Lipp (PUC CAMPINAS - Pontifícia Universidade Católica de CampinasLEPS - Laboratório de Estudos Psicofisiológicos do Stress) |
Resumo Stress é uma resposta do organismo, com componentes físicos e /ou psicológicos, causados pelas alterações psicofisiológicas que acontecem quando uma pessoa se depara com uma situação que, de uma maneira ou de outra, a irrite, confunda, amedronte ou excite. O stress pode ou não levar a um desgaste geral do organismo dependendo da sua intensidade, tempo de duração, da vulnerabilidade do indivíduo e da habilidade de manejá-lo. O processo de stress se desenvolve em quatro fases: alerta, resistência, quase exaustão e exaustão em ordem de gravidade dos sintomas que se manifestam, sendo que cefaléia é um dos sintomas muito mencionados em pessoas estressadas. A fase de alerta se caracteriza por reações do sistema nervoso simpático, quando o organismo percebe o estressor, esta fase termina em algumas horas se o estressor é de curta duração, após a eliminação da adrenalina e a restauração da homeostase. A resistência apresenta-se quando esse estressor permanece por maior período ou se é de grande proporção, nesta fase a pessoa automaticamente utiliza toda a energia adaptativa para se reequilibrar. Na fase de quase exaustão o indivíduo passa a fazer suas atividades diárias com esforço e momentos de funcionamento normal se intercalam com momentos de total desconforto. Na fase de exaustão as doenças ocorrem com frequencia, tanto na área psicológica, como na área física. O stress não é o elemento patogênico das doenças, mas ele leva a um enfraquecimento do organismo de tal modo que patologias programadas geneticamente se manifestem devido ao estado de exaustão instalado. O presente trabalho objetivou averiguar se existe associação entre a gravidade da reação do stress, definida pela fase do processo em que a pessoa se encontra, e a presença de cefaléia. Dois grupos de pessoas que participaram de um estudo sobre stress no Laboratório de Estudos Psicofisiológicos do Stress foram avaliados , no total de 56 adultos. Um grupo foi constituído de 34 pessoas sem cefaléia e o outro foi constituído de 22 pessoas com cefaléia. Para a coleta dos dados foi utilizado o Inventário de Sintomas de Stress de Lipp. Verificou-se que dentre os indivíduos sem cefaléia 33% não apresentavam sintomas significativos de stress, 47% estavam na fase de Resistência e 20% na fase de Quase- exaustão. Enquanto que em indivíduos com cefaléia 4% estavam sem stress, 41% na fase de Resistência e 55% em Quase- exaustão. O teste do Qui quadrado para mais de duas amostras revelou uma diferença extremamente significativa entre os dois grupos (X2=39,472;p=0,0001). Os resultados indicam uma associação significativa entre cefaléia e gravidade do stress, sendo que quanto mais avançado é o processo de stress, mais provável é que a pessoa tenha cefaléia. Conclui-se que há indicação de que o stress possa ser um fator precipitante da cefaléia. Recomendam-se outros estudos com amostras maiores. Agência de Fomento: Cnpq e CapesII. Palavras-chave: cefaléia, fases, stress |