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J.011 | INFLUÊNCIA DO BACLOFENO SOBRE OS EFEITOS ESTIMULANTE E ANSIOLÍTICO DO ETANOL EM CAMUNDONGOS | Autores: | Gustavo Roberto Villas Boas (UFPR - Universidade Federal do Paraná) ; Viviane Paola Zibe (UFPR - Universidade Federal do Paraná) ; Lgia Burci (UFPR - Universidade Federal do Paraná) ; Diego Correia (UFPR - Universidade Federal do Paraná) ; Yaskara Yakinto (UFPR - Universidade Federal do Paraná) ; Suelen Stallbaum (UFPR - Universidade Federal do Paraná) ; Ananda Cretella (UFPR - Universidade Federal do Paraná) ; Murilo Peretti (UFPR - Universidade Federal do Paraná) ; Roseli Boerngen de Lacerda (UFPR - Universidade Federal do Paraná) |
Resumo Objetivos: O efeito ansiolítico do etanol tem sido relacionado às suas propriedades reforçadoras assim como no desenvolvimento de dependência. Com a administração repetida do etanol observa-se um aumento nos seus efeitos estimulantes, efeito conhecido como sensibilização comportamental. O baclofeno tem demonstrado eficácia em diminuir a fissura pelo álcool em triagens clínicas com humanos. O objetivo do trabalho foi avaliar a influência do baclofeno, agonista GABAB, sobre o desenvolvimento de sensibilização induzida pelo etanol e sobre o seu efeito ansiolítico.
Métodos e Resultados: Camundongos swiss machos (n=60; 10 por tratamento) agudamente tratados com salina+salina (S), etanol 2g/kg + salina (E), baclofen 1,25 mg/kg + etanol 2 g/kg (B1 +E), baclofen 5 mg/kg + etanol 2g/kg (B2+E), baclofen 1,25 mg/kg + salina (B1 +S), baclofen 5 mg/kg + salina (B2+S), e em seguida expostos ao labirinto em cruz elevado (LCE) e à caixa de movimentação espontânea (CME), avaliando-se, respectivamente, a % tempo no braço aberto (%TA) e a ambulação (AM). Logo após o teste agudo, os animais receberam esse mesmo tratamento diariamente sendo no sétimo e no décimo nono dias avaliados no LCE e na CME, sendo expostos aos testes 10 minutos após a segunda injeção. Os dados estão apresentados em média e desvio padrão e foram analisados por ANOVA seguida de Newmann Keuls. O etanol aumentou a locomoção já no teste agudo mantendo seus índices ao longo do tratamento. No teste do sétimo dia o etanol (79,1 ± 39,7), apresentou locomoção maior do que os grupos B1+S (46,2 ± 25,5), B2+E (35,1 ± 29,0) e B2+S (28,0 ± 22,9), porem, não diferiu do grupo B1+E (73,1 ± 38,3). Nesta mesma ocasião, B1+E também teve maior locomoção do que os grupos B2+E (35,1 ± 29,0) e B2+S (28,0 ± 22,9). A co-administração B1+E apresentou agudamente efeito ansiolítico (%TA= 103,1 ± 25,6) significante quando comparado com os grupos salina (51,0 ± 26,1), B1+S (48,1 ± 27,3) e B2+S (55,4 ± 30,7). O baclofeno, nas duas doses, não interferiu com o efeito ansiolítico do etanol tanto agudamente (B1+E= 103,1 ± 25,6; B2+E= 81,2 ± 50,7; E= 76,0 ± 38,3) como cronicamente (B1+E= 80,4 ± 39,9; B2+E= 83,6 ± 30,5; E= 61,2 ± 36,3).
Conclusão: O mecanismo de ação do baclofeno envolve modulação da atividade neuronal dopaminérgica na Área Tegmental Ventral. A ativação do receptor GABAB diminuiria a liberação de DA no núcleo accumbens (NAcc) impedindo o desenvolvimento da sensibilização ao efeito estimulante do etanol, porém sem interferir no seu efeito ansiolítico. Palavras-chave: Sensibilização, Etanol, Baclofeno, Dependência, Abuso de drogas |