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J.182 | EFEITO DO EXERCÍCIO FÍSICO VOLUNTÁRIO ASSOCIADO AO CONSUMO DE CAFEÍNA NOS NIVEIS DE ANSIEDADE EM CAMUNDONGOS ADULTOS-VELHOS | Autores: | Daniela Vicente Bavaresco (UNESC - Universidade do Extremo Sul Catarinense) ; Livia Toth Dias (UNESC - Universidade do Extremo Sul Catarinense) ; Bruna Pescador Mendonça (UNESC - Universidade do Extremo Sul Catarinense) ; Santiago Alvarez de Toledo Mendonça (UNESC - Universidade do Extremo Sul Catarinense) ; Leandro Nunes (UNESC - Universidade do Extremo Sul Catarinense) ; Ricardo Aurino de Pinho (UNESC - Universidade do Extremo Sul Catarinense) ; Carina Rodrigues Boeck (UNESC - Universidade do Extremo Sul Catarinense) |
Resumo Introdução: O processo natural de envelhecimento é caracterizado por alterações cognitivos e/ou de humor que podem ser amenizadas pela atividade física. A cafeína é um psicoestimulante e tem sido relacionada ao aprimoramento da capacidade de realizar trabalho físico e à mecanismos de neuroproteção, quando utilizada em baixíssimas doses. Ao estimular o sistema nervoso central com cafeína, mudanças nos níveis de ansiedade em animais submetidos ou não ao exercício físico podem ocorrer. Objetivo: Estudar o efeito do exercício físico voluntário associado ou não com o consumo de cafeína no comportamento de camundongos adultos-velhos. Materiais e métodos:Os camundongos CF-1 machos adultos-velhos (12-13 meses de idade) foram divididos em dois grupos, não exercitados e exercitados voluntariamente em rodas de correr. Os dois grupos foram subdivididos em grupos de tratamento com cafeína (0,3g/L) ou água (n = 12/grupo experimental). Após quatro semanas de exercício nas rodas os animais tiveram os níveis de ansiedade avaliados no Labirinto em Cruz Elevado. Resultados e Conclusões:Os dados estão expressos como média±erro padrão da média e a análise estatística foi realizada por ANOVA de duas vias, post-hoc Duncan (P < 0,05). Os resultados demonstram que os animais exercitados permaneceram mais tempo nos braços abertos do que os animais não-exercitados (não-exerc. = 10,9±3 s; exerc. = 95,2±21 s; F(1,36) = 11,11, P = 0,001), esse comportamento menos aversivo ao aparelho indica um efeito do tipo ansiolítico. O mesmo efeito foi observado para os animais não-exercitados que receberam cafeína durante as quatro semanas (não-exerc.+caf = 68,7±20). Porém, observamos que o efeito ansiolítico do exercício não ocorreu nos animais que receberam cafeína (exerc.+caf = 36±15 s). O exercício em roda também induziu um aumento no número de entradas nos braços abertos (não-exerc. = 1±0,2; exerc. = 4,2±0,9; F(1,36) = 6,39, P < 0,001). Sugerimos que o efeito nos níveis de ansiedade observado para o exercício ou cafeína pode ocorrer por mecanismos celulares distintos, mas que se opõem quando estão associados. Provavelmente o efeito comportamental observado após o exercício depende da modulação de receptores de adenosina, que estariam bloqueados pelo tratamento crônico com cafeína. Palavras-chave: Exercicio fisico, Cafeína, Envelhecimento, Ansiedade |