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J.189 | ASSIMETRIA FRONTAL ELETROENCEFALOGRÁFICA EM IDOSOS SAUDÁVEIS E IDOSOS DEPRIMIDOS | Autores: | Michele Fernandes Martins (EEFD/UFRJ - ESCOLA DE EDUCAÇÃO FÍSICA E DESPORTOS - UFRJ) ; Renata Gomes (EEFD/UFRJ - ESCOLA DE EDUCAÇÃO FÍSICA E DESPORTOS - UFRJ) ; Thiago Teixeira Guimarães (EEFD/UFRJ - ESCOLA DE EDUCAÇÃO FÍSICA E DESPORTOS - UFRJ) ; Helena Moraes (EEFD/UFRJ - ESCOLA DE EDUCAÇÃO FÍSICA E DESPORTOS - UFRJIPUB/UFRJ - INSTITUTO DE PSIQUIATRIA DA UFRJ) ; Andrea Camaz Deslandes (EEFD/UFRJ - ESCOLA DE EDUCAÇÃO FÍSICA E DESPORTOS - UFRJIPUB/UFRJ - INSTITUTO DE PSIQUIATRIA DA UFRJFIOCRUZ - FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ) |
Resumo INTRODUÇÃO: O processo de envelhecimento está associado ao declínio das funções cognitivas e alterações na atividade cortical, como por exemplo, a diminuição de especificidade hemisférica. O índice de assimetria da banda de frequência alfa (8 a 13 Hz) está relacionado com a presença de depressão em jovens e adultos jovens e pode contribuir na avaliação diagnóstica. Entretanto, não é conhecido o padrão de assimetria de idosos saudáveis e depressivos.
OBJETIVO: Comparar a assimetria frontal da banda de frequência alfa do eletroencefalograma (EEG) de idosos saudáveis e deprimidos.
MÉTODOS: Foram selecionados 15 idosos: 6 saudáveis e 9 deprimidos (66,6% e 88,8% do gênero feminino, respectivamente) com idades entre 60 e 85 anos, praticantes de exercício físico. Foram excluídos sujeitos sinistros e sujeitos com outras patologias. Todos os sujeitos foram submetidos a um EEG de repouso por 6 minutos, de olhos fechados, para avaliação do índice de assimetria frontal, analisada através do delta do log natural da potência absoluta de alfa de eletrodos homólogos da área frontal (InFp2-InFp1; lnF4-lnF3; lnF8-InF7). Para a comparação do índice de assimetria dos grupos (idosos saudáveis e idosos depressivos), foi realizado um Teste T independente (p <0,05).
RESULTADOS: Foi encontrada diferença significativa (p= 0,042) entre os grupos apenas na assimetria pré-frontal (InFp2-InFp1), onde o grupo saudável apresentou maior índice de assimetria (0,14 Hz ±0,25) que o grupo deprimido (- 0,078 Hz ±0,12). Os índices de assimetria encontrados nas área fronto-medial e fronto-lateral para os grupos saudável e deprimido, respectivamente, foram 0,023 ±0,25 e 0,012 ±0,19 (lnF4-lnF3); – 0,056 ±0,26 e – 0,066 ±0,22 (lnF8-InF7).
CONCLUSÃO: Assim como nos estudos em crianças, jovens e adultos jovens, nossos resultados mostraram que idosos deprimidos apresentam menor assimetria frontal quando comparados ao grupo saudável. Essa alteração pode estar associada a emoções negativas, como os sintomas depressivos. Entretanto, não verificamos este padrão eletroencefalográfico em todas as áreas investigadas. O aumento de uma atividade cortical mais difusa e simétrica, com processo de envelhecimento, poderia justificar a simetria encontrada nas áreas fronto-medial e fronto-lateral (F4-F3; F8-F7).
Apoio Financeiro: FAPERJ/CAPES
Palavras-chave: DEPRESSÃO, IDOSOS, ASSIMETRIA CORTICAL FRONTAL |