SBNeC 2010
Resumo:A.038


Poster (Painel)
A.038EMPREGO DE COLÁGENO COM ORGANIZAÇÃO SUPRAMOLECULAR NA REGENERAÇÃO NERVOSA PERIFÉRICA IN VITRO E IN VIVO.
Autores:Luiz Gabriel Maturana (UNICAMP - Universidade Estadual de Campinas) ; Luciana Politti Cartarozzi (UNICAMP - Universidade Estadual de Campinas) ; Amauri Pierucci (UNICAMP - Universidade Estadual de Campinas) ; Eliana A R Duek (UNICAMP - Universidade Estadual de Campinas) ; Benedicto C. Vidal (UNICAMP - Universidade Estadual de Campinas) ; Alexandre Leite Rodrigues de Oliveira (UNICAMP - Universidade Estadual de Campinas)

Resumo

Devido às características positivas das próteses reabsorvíveis, a importância das células de Schwann e do colágeno, o objetivo do presente estudo foi investigar in vitro e in vivo a influência do colágeno com organização supramolecular em relação à regeneração nervosa periférica fazendo uso das técnicas de cultura purificada de células de Schwann e tubulização do nervo isquiático. No estudo in vitro foram cultivadas células de Schwann sobre colágeno com organização supramolecular, sendo estas avaliadas através da imunocitoquímica e microscopia eletrônica de varredura. Os resultados revelaram uma cultura celular com alto grau de pureza, observados pela intensa marcação com o anticorpo anti-S-100. Além disso, observou-se que a concentração de células de Schwann foi menor no grupo com o colágeno com organização supramolecular, apesar das células de Schwann terem mantido a expressão de componentes da lâmina basal, bem como alterado sua morfologia para se ajustar na superfície do substrato. Para o estudo in vivo, foram utilizados ratos da linhagem Sprague Dawley, divididos em 4 grupos: 1) TP – animais em que foi utilizada a prótese tubular de polietileno vazia (n=7); 2) TPCL – animais em que foi utilizada a prótese tubular constituída de poli caprolactona (PCL) vazia (n=5); 3) TPCLF – animais em que foi utilizada a prótese tubular constituída de poli caprolactona (PCL) preenchida com um implante de colágeno com organização supramolecular (n=7); 4) AE – animais que receberam autoenxerto de nervo periférico (n=5). Os resultados in vivo foram estudados através da quantificação das fibras regeneradas, morfometria dos nervos regenerados e microscopia eletrônica de transmissão 60 dias pós-cirúrgico. Além disso, o estudo in vivo incluiu análises de imunoistoquímica e microscopia de polarização 60 dias pós-cirúrgicos onde, os espécimes utilizados foram divididos em 3 grupos: 1) normal – foram utilizados nervos isquiáticos normais (n=3); 2) TPCL – animais no qual foram utilizados a prótese tubular constituída de poli caprolactona (PCL) vazia (n=3); 3) TPCLF – animais no qual foram utilizados a prótese tubular constituída de poli caprolactona (PCL) preenchida com um implante de colágeno com organização supramolecular (n=3). Observou-se, na quantificação dos axônios, valores significativamente maiores para o grupo AE em relação aos outros grupos. Também se destacam valores superiores observados nos grupos TPCL e TPCLF comparados ao grupo TP. Quanto à morfometria, os valores obtidos em relação à espessura da bainha de mielina mostraram-se superiores para o grupo TPCLF. Ainda, os resultados de imunomarcação com o anticorpo anti-p75NTR, demonstraram que as células de Schwann estavam mais reativas durante o processo regenerativo no grupo TPCLF comparativamente aos grupos TPCL e nervo isquiático não lesado. Em conjunto, os resultados do presente estudo indicam que o implante de colágeno com organização supramolecular estimula significativamente o comportamento regenerativo das células de Schwann tanto in vitro como in vivo.


Palavras-chave:  biomateriais, células de schwann, colágeno com organização supramolecular, regeneração nervosa periférica, tubulização