SBNeC 2010
Resumo:J.183


Poster (Painel)
J.183ANÁLISE DO RISCO DE QUEDAS EM PACIENTES COM DOENÇA DE PARKINSON
Autores:Camila Danielle Aragão Almeida (UEPB - Universidade Estadual da Paraíba) ; Clarissa Loureiro das Chagas Campêlo (UEPB - Universidade Estadual da Paraíba) ; Edmilson de Souza Ramos Neto (UEPB - Universidade Estadual da Paraíba) ; Janayna Dias Lima (UEPB - Universidade Estadual da Paraíba) ; Lívia Cristina Rodrigues Ferreira Lins (UEPB - Universidade Estadual da Paraíba) ; Fernanda Mara de Souza Lucena (UEPB - Universidade Estadual da Paraíba) ; Ana Lígia Silva de Lima (UEPB - Universidade Estadual da Paraíba) ; Maria das Graças Loureiro das Chagas Campêlo (UFCG - Universidade Federal de Campina Grande) ; Carlúcia Ithamar Fernandes Franco (UEPB - Universidade Estadual da Paraíba)

Resumo

Objetivos: A doença de Parkinson (DP) é uma doença neurológica crônica e progressiva, caracterizada clinicamente por quatro sinais essenciais: tremor de repouso, rigidez muscular, bradicinesia e instabilidade postural. Além disso, há o fenômeno de freezing que, associado à perda dos reflexos posturais, é responsável pela alta prevalência de quedas nos indivíduos com DP. O objetivo do estudo foi analisar o risco de quedas e verificar a correlação entre risco de queda e estágio de progressão da DP. Métodos e Resultados: Estudo de caráter transversal, descritivo e analítico, com abordagem quantiqualitativa. A amostra foi composta por indivíduos (n=10) com diagnóstico clínico de DP, assistidos no projeto de extensão “Fisioterapia na Otimização da Vida do Parkinsoniano” na Clínica Escola de Fisioterapia (CEF) da UEPB. Para realização desta pesquisa foram utilizados os seguintes instrumentos: Escala de Hoehn e Yahr (EHY) para avaliar o estágio de incapacidade do paciente; o Timed Up and Go Test (TUG), utilizado para examinar a mobilidade funcional, o equilíbrio e o risco de quedas em idosos debilitados, cujos parâmetros considera-se: até 10 s corresponde a baixo risco de queda; entre 11 e 20 s equivale a risco moderado de quedas; acima de 20 s associa-se a alto risco de quedas. A escala de Tinetti avalia a execução de 16 tarefas, dentre elas a realização de estímulos a reações de equilíbrio, transferências e giros de 360°. Escore acima de 24 pontos significa baixo risco de queda; entre 19 e 24 pontos associa-se a risco moderado e abaixo de 19 corresponde a alto risco de queda. O estudo foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética da UEPB sob o Nº 0087.0.133.000-10. Os dados foram analisados através do programa Graph Pad Prism 4.02, sendo expressos em média e desvio padrão. Na análise de correlação entre o risco de queda e o estágio de incapacidade da doença foi utilizado o coeficiente de correlação linear de Pearson, considerando valores significantes com p<0,05. A amostra foi composta por pacientes do sexo masculino (40%) e sexo feminino (60%), com idade média de 59,6 ± 10,3 anos. Na EHY os pacientes apresentaram estágio de progressão da DP valor de 1,9 ± 0,7, o que representa “doença bilateral sem déficit de equilíbrio”. Na escala de Tinetti, 90% dos pacientes apresentaram um risco moderado de queda (22,7 ± 0,9) e 10% (25 ± 0) apresentaram baixo risco de queda. Com relação ao TUG, 100% da amostra apresentaram moderado risco de queda (12,7 ± 2,0). Por outro lado, verificou-se baixa correlação entre a variável EHY e Tinetti (r= -0,4 e p>0,05), e nenhuma correlação foi verificada entre EHY e TUG (r= -0,1 e p>0,05). Conclusão: Com base nos resultados parciais obtidos, observou-se que a DP confere risco de queda, em grau variável, aos seus portadores. Entretanto não foi observada forte correlação entre o estágio de progressão da DP e o risco de quedas. Sugere-se a realização de novos estudos. Apoio Financeiro: UEPB


Palavras-chave:  Doença de Parkinson, Progressão da doença, Risco de quedas