Poster (Painel)
J.132 | Efeito da associação de álcool e cigarro sobre o comportamento dos ratos | Autores: | Greice Caletti (UFCSPA - Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre) ; Kelly Martins (UFCSPA - Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre) ; Danielly Brufatto Olguins (IPA - Centro Universitário Metodista IPA) ; Waleska Dalprá (UFCSPA - Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre) ; Helena Maria Tannhauser Barros (UFCSPA - Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre) ; Rosane Gomez (UFCSPA - Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto AlegreIPA - Centro Universitário Metodista IPA) |
Resumo Objetivos:
Embora estudos avaliem os efeitos comportamentais do álcool ou da nicotina em roedores, pouco se sabe sobre os efeitos do uso de tabaco e álcool em associação. Portanto, esse estudo teve como objetivo avaliar os efeitos da exposição aguda ao álcool e tabaco, em associação, sobre o comportamento de ratos.
Métodos:
Ratos Wistar, machos, adultos foram divididos em grupo controle (C), etanol (E), exposto à fumaça do cigarro (T) e associação álcool mais tabaco (ET). A exposição à fumaça era feita em câmaras hermeticamente fechadas e com fluxo de ar constante de 10 L/min, conectadas a um aparato especialmente construído para a queima do cigarro. Os animais não expostos também eram colocados em câmaras semelhantes, porém sem a queima do cigarro. No dia do experimento, os ratos eram administrados com salina (10 mL/kg) ou etanol, na dose de 2 g/kg (20% p/v), e expostos ao ambiente com ou sem fumaça, de acordo com o grupo ao qual pertenciam. Após a queima de 3 cigarros, com intervalo de 10 min. entre eles, os animais eram colocados em uma caixa (20x30x15 cm) marcada no fundo com caneta preta, dividindo a área total em 9 quadrantes, para avaliação da atividade locomotora, além dos comportamentos de levantar, coçar e bolos fecais. Para os animais não expostos à fumaça, os comportamentos foram avaliados após 40 minutos da administração da salina ou álcool.
Resultados:
Nossos resultados mostram que a associação do álcool e do tabaco aumenta de modo significativo a ambulação (p < 0,001). Embora álcool e tabaco, nas condições experimentais também tenham aumentando a ambulação, os valores não alcançaram significância estatística (C: 18,22 ± 10,79; E: 42,42 ± 18,86; T: 38,54 ± 19,78; ET: 58,80 ± 19,98). A frequência de levantar, coçar ou os bolos fecais não diferiram entre os grupos.
Conclusão:
Embora o álcool seja um depressor do sistema nervoso central, na dose administrada no nosso estudo observamos um aumento não significativo da atividade motora após 40 minutos da administração. Esse efeito estimulador do SNC foi potencializado pela associação com a fumaça do cigarro. Esse efeito sinérgico pode justificar a elevada frequência de associação dessas duas drogas de abuso em humanos.
Instituição de fomento: UFCSPA, CAPES Palavras-chave: dependência química, drogas de abuso, tabaco, etanol |