SBNeC 2010
Resumo:J.210


Poster (Painel)
J.210Associação entre gene UFD1L e a idade de início da esquizofrenia e da redução de volume no giro orbitofrontal
Autores:Idaiane Batista de Assunção (UNIFESP - Departamento de PsiquiatriaLINC - Laboratório Interdisciplinar de Neurociências Clínicas) ; Vanessa Kiyomi Ota (UNIFESP - Divisão de Genética, Departamento de Morfologia e Genética) ; Sintia Iole Nogueira Belangero (LINC - Laboratório Interdisciplinar de Neurociências ClínicasUNIFESP - Divisão de Genética, Departamento de Morfologia e Genética) ; Ary Gadelha de Alencar Araripe Neto (UNIFESP - Departamento de PsiquiatriaLINC - Laboratório Interdisciplinar de Neurociências ClínicasPROESQ - Programa de Esquizofrenia) ; Denise Maria Christofolini (UNIFESP - Divisão de Genética, Departamento de Morfologia e Genética) ; Fernanda Teixeira da Silva Bellucco (UNIFESP - Divisão de Genética, Departamento de Morfologia e Genética) ; Camila Tanabe Matsuzaka (UNIFESP - Departamento de PsiquiatriaPROESQ - Programa de Esquizofrenia) ; Deyvis Macarof Loureiro Vasconcelos Rocha (UNIFESP - Departamento de PsiquiatriaLINC - Laboratório Interdisciplinar de Neurociências ClínicasPROESQ - Programa de Esquizofrenia) ; Rodrigo Affonseca Bressan (UNIFESP - Departamento de PsiquiatriaLINC - Laboratório Interdisciplinar de Neurociências ClínicasPROESQ - Programa de Esquizofrenia) ; Jair de Jesus Mari (UNIFESP - Departamento de Psiquiatria) ; Maria Isabel Melaragno (UNIFESP - Divisão de Genética, Departamento de Morfologia e Genética) ; Marilia de Arruda Cardoso Smith (UNIFESP - Divisão de Genética, Departamento de Morfologia e Genética) ; Andrea Parolin Jackowski (UNIFESP - Departamento de PsiquiatriaLINC - Laboratório Interdisciplinar de Neurociências Clínicas)

Resumo

Introdução: A síndrome da deleção 22q11.2 é um conhecido fator de risco genético para o desenvolvimento da esquizofrenia. Dessa forma, genes presentes nessa região vêm sendo investigados quanto ao seu papel na etiologia da esquizofrenia. Dentre esses genes, está o gene UFD1L (Ubiquitin Fusion Degradation 1-Like), que parece estar envolvido no processo de neurodesenvolvimento. Um polimorfismo de base única (SNP) desse gene, o rs5992403, foi associado com a esquizofrenia em uma população européia, no entanto, posteriormente, não foi encontrada essa associação em uma população chinesa, mostrando dados conflitantes. Assim, o objetivo do presente estudo foi avaliar a associação entre o polimorfismo rs5992403 com idade de início da esquizofrenia e volumes cortical avaliados por ressonância magnética. Metodologia: Um total de 145 pacientes portadores de esquizofrenia foram recrutados a partir do Programa de Esquizofrenia (PROESQ) da UNIFESP. Cada paciente foi avaliado e diagnosticado por dois psiquiatras de acordo com o DSM-IV e genotipado para o polimorfismo rs5992403 por PCR em tempo real com TaqMan. Cinqüenta e oito pacientes realizaram exame de ressonância magnética estrutural em um aparelho de 1.5T e foram divididos de acordo com os seus genótipos. As imagens de RM foram analisadas através de morfometria baseada em voxel (MBV) utilizando SPM5. As imagens foram normalizadas ao template T1 e suavizadas utilizando um filtro Gaussiano isotrópico de 10 mm. Os mapas probabilísticos da substância cinzenta foram comparados voxel-a-voxel usando uma Análise de Covariância, sendo o volume encefálico utilizado como covariável. O valor de significância utilizado foi de p<0.05 corrigido para múltiplas comparações utilizando correções para pequenos volumes. Resultados: Portadores do alelo A apresentaram idade de início mais precoce que os portadores do alelo G (alelo A = 23.25±6.91 alelo G =24.94±7.46; p=0.047). Além disso, a freqüência do alelo A, foi maior no grupo de esquizofrenia de início precoce (idade de início ≤ 18 anos) (p=0.036). Uma redução significativa no volume do giro orbitofrontal esquerdo (MNI x,y,z= -29 19 -15) foi observada no grupo de genótipo AA (Z=3.91, psvc(500mm3) = 0.01) comparados ao grupo de genótipo GG. Conclusão: Estes dados sugerem que o polimorfismo rs5992403 do gene UFD1L pode desempenhar um papel importante na morfologia do cérebro e também na idade de início da esquizofrenia (fonte financiadora: FAPESP, CNPq, CAPES)


Palavras-chave:  esquizofrenia, neuroimagem, UFD1L, VBM, 22q11.2