SBNeC 2010
Resumo:J.166


Poster (Painel)
J.166O Labirinto Aquático de Morris promove neurogênese no giro denteado mas não a formação de dendritos basais em animais epilépticos crônicos no modelo da pilocarpina
Autores:Renata Della Torre Avanzi (UNIFESP - Universidade Federal de Sâo Paulo) ; Clarissa Fantin Cavarsan (UNIFESP - Universidade Federal de Sâo Paulo) ; Jair Guilherme dos Santos Jr (FCMSCSP - Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São PauloUNIFESP - Universidade Federal de Sâo Paulo) ; Luiz Eugenio Araujo de Moraes Mello (UNIFESP - Universidade Federal de Sâo Paulo) ; Luciene Covolan (UNIFESP - Universidade Federal de Sâo Paulo)

Resumo

Objetivo: O estudo teve como objetivo comparar a taxa de proliferação das células granulares (CG) do giro denteado e a incidência de dendritos basais (DB) entre os ratos jovens e idosos, tratados com pilocarpina. Métodos: Todos os protocolos foram aprovados pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de São Paulo e estão de acordo com as diretrizes de pesquisa com animais da Society for Neuroscience. Ratos Wistar machos adultos foram submetidos ao modelo de epilepsia da Pilocarpina (320 mg/Kg) para induzir estado de mal epiléptico (SE) nas idades de 3 e 20 meses. Os grupos jovem receberam salina (JC, n=5) ou desenvolveram SE (JSE, n=5) na idade de 3 meses e foram submetidos à perfusão após 2 meses. Os grupos idosos são: os animais induzidos ao SE na idade de 3 meses e perfundidos no período entre 17-20 meses de idade (ISE-3, n=5) e o grupo de animais induzidos ao SE com 20 meses de idade e perfusão dois meses depois (ISE-20, n=4). Animais controle referentes aos grupos idosos acima (IC, n=5) receberam apenas salina. Todos os grupos foram submetidos ao labirinto aquático de Morris por 8 dias (para estimular a proliferação de CG hipocampais) e 48 horas após o termino desta tarefa foram perfundidos. Os encéfalos foram retirados, seccionados em cortes coronais e processados com reação imunohistoquímica para doublecortin (DCX). A DCX é um marcador de neurônios imaturos, recém-divididos, e freqüentemente utilizada para marcação de dendritos basais nas células granulares do giro denteado. O número de CG DCX+/mm2 de camada granular e o número de DB por animal foram analisados por ANOVA seguida do teste Tukey, com resultados significativos p<0.05. Resultados: O número de CG DCX+ por mm2 foi 5,16 ± 1,50 para grupo JC, 0,14 ± 0,06 para grupo IC e 7,80 ± 0,06 (média ± erro padrão) para o grupo JSE. Constatamos que o número CG recém-geradas foi maior nos jovens que nos idosos (p <0,001) e também que uma maior taxa de neurogênese estava presente em idosos com longo período de vida epiléptica (1,00 ± 0,20) que nos controles (p <0,01) e que nos animais de curto tempo de vida epiléptica (0,30 ± 0,10, p <0,05). O número de CG contendo DB entre os grupos controle é maior em animais jovens (1,8 ± 0,5). No grupo IC nenhuma CG apresentou DB. Os animais JSE tiveram mais DB que os grupos epilépticos ISE-20 (p <0,01) e ISE-3 (p = 0,01). No entanto, entre os grupos de jovens, não houve diferença entre o controle e o epiléptico (p = 0,05), apesar da tendência para um maior número de dendritos basais entre os animais epilépticos. Conclusão: Concluímos que uma vez que a condição epiléptica é plenamente estabelecida em animais jovens, a proliferação de CG é concomitante com o aparecimento de DB, assim como nos jovens controles. Assim podemos dizer que a taxa de proliferação celular e a presença de DB são características do animal associadas apenas à idade, independente da condição epiléptica.


Palavras-chave:  Células granulares, Dendritos basais, Epilepsia de lobo temporal, Neurogênese, Envehecimento