Poster (Painel)
J.151 | EFEITO DA CURCUMINA SOBRE O COMPORTAMENTO MOTOR DE RATOS PARKINSONIANOS
| Autores: | Ana Paula Fontenele Menezes (UFC - Universidade Federal do Ceará) ; Analu Aragão Fonteles (UFC - Universidade Federal do Ceará) ; Gerdean Melo Alves (UFC - Universidade Federal do Ceará) ; Geanne Matos Andrade (UFC - Universidade Federal do Ceará) |
Resumo Objetivos: A doença de Parkinson (DP) afeta 1% da população na faixa etária de 65 anos e aumentando para 4%-5% na população acima de 85 anos. Os sintomas clássicos da doença de Parkinson são manifestados após uma perda de 70-80% dos neurônios dopaminérgicos da substância negra pars compacta, levando a uma severa redução nos níveis de dopamina estriatais, já tendo sido demonstrado um aumento na formação de radicais livres e inflamação nessa região. A curcumina é um polifenol que possui atividade antiinflamatória e antioxidante. O trabalho objetiva estudar um possível efeito neuroprotetor da curcumina em ratos com lesão estriatal com 6-hidroxidopamina (6-OHDA).
Métodos e Resultados: Ratos Wistar machos, provenientes do Biotério Central da UFC, pesando entre 200-250g (n=12), foram submetidos à cirurgia estereotáxica onde receberam três injeções de 6-OHDA na região estriatal em três sítios (7μg/μl/por sítio) obedecendo as coordenadas do atlas de Paxinos. Os animais foram tratados com curcumina (Curc25 e Cur50 mg/kg, v.o.) durante 15 dias iniciados 24h após a cirurgia. Os animais foram divididos em quatro grupos: Falso operado tratado com veículo (FO), 6-OHDA, 6-OHDA + Curc25 e 6-OHDA + Curc50. No 16º dia após a cirurgia, foi realizado o teste do campo aberto que avalia a atividade locomotora onde nenhuma alteração foi verificada entre os grupos (nº crossing: FO= 20,33±1,67; 6-OHDA= 17,75±1,54; nº rearing: FO= 14,44±1,33; 6-OHDA= 15,42±2,78); e o teste da vibrissa, que avalia os déficits motores dos membros afetados por lesões unilaterais, neste teste também não foi observado diferenças significativas entre os grupos. No 17º dia foi realizado o teste do cilindro visando avaliar a assimetria dos membros anteriores, que é determinada durante o comportamento de rearing, foi observada uma assimetria significativa no grupo 6-OHDA (n° ipsilaterais: FO= 4,00±0,86; 6-OHDA= 12,00±2,39; n° contralaterais: FO= 4,94±1,18; 6-OHDA= 2,58±1,15 e n° simétricos: FO= 12,06±1,55; 6-OHDA= 7,58±1,42), o tratamento com curcumina não protegeu os animais deste déficit motor. No 18º dia foi avaliado o comportamento rotacional contralateral induzido por apomorfina, foi observado um aumento significativo (p<0,05) na atividade rotacional nos animais do grupo 6-OHDA (nº rotações ipsilaterais: FO= 5,71±2,37; 6-OHDA= 0,83±0,41 e nº rotações contralaterais: FO= 2,11±0,76, 6-OHDA= 245,0±79.81), não havendo diferença significativa entre os grupos tratados com curcumina e 6-OHDA.
Conclusão: Os resultados obtidos demonstram que a curcumina apesar de sua atividade antioxidante e antinflamatória não protege os ratos da lesão estriatal induzida pela 6-OHDA. Novos estudos estão sendo realizados com doses maiores a fim de comprovar os achados.
Palavras-chave: Doença de Parkinson, atividade motora, curcumina, 6-OHDA |