Pr�mio
B.008 | DEGENERA��O DE FOTORRECEPTORES EM MODELO MURINO DE RETINOSE PIGMENTAR: PARTICIPA��O DA VIA DA ERK | Autores: | Bruno de Souza Gon�alves (UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro) ; Vin�cius de Toledo Ribas (UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro) ; Luciana Barreto Chiarini (UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro) |
Resumo Objetivos A retinose pigmentar � caracterizada pela morte de fotorreceptores da retina, o que causa cegueira. Portanto, estudar os mecanismos respons�veis pela morte dos fotorreceptores retinianos � de extrema import�ncia para o desenvolvimento de estrat�gias terap�uticas. Nosso objetivo foi testar o papel da via da ERK na degenera��o de fotorreceptores de retinas de camundongos rd1 C3H-HeJ, um modelo murino de retinose pigmentar. Trata-se de um animal homozigoto para a muta��o no gene que codifica a subunidade β da fosfodiesterase de GMPc (Pdebrd1). Esta � uma das muta��es mais comuns associadas � retinose pigmentar autoss�mica recessiva em humanos. Esta muta��o leva ao ac�mulo do segundo mensageiro GMPc no citoplasma que, de forma ainda n�o totalmente elucidada, leva � morte dos fotorreceptores, aparentemente por apoptose. Metodologia Monitoramos a progress�o da degenera��o da camada de fotorreceptores in vitro e in vivo atrav�s de medidas da espessura relativa da camada de fotorreceptores e da detec��o in situ de fotorreceptores com fragmenta��o de DNA pela t�cnica de TUNEL. Para o controle dos experimentos com os animais mutantes rd1 utilizamos os camundongos selvagens C57-Bl6. Testamos in vitro o efeito do inibidor de MEK, U0126, sobre a degenera��o de fotorreceptores em explantes de retina de camundongos C3H/HeJ e C57-Bl6. Resultados Observamos que sob nossas condi��es experimentais a degenera��o da camada de fotorreceptores de rd1 C3H/HeJ se inicia no d�cimo quinto dia p�s-natal, progredindo rapidamente durante os dias subseq�entes, de forma que por volta do vig�simo dia somente uma �nica fileira de fotorreceptores � observada. Notamos um aumento nos n�veis da MAP cinase ERK fosforilada concomitante com o per�odo de degenera��o da camada de fotorreceptores. Al�m disso, quando inibimos farmacologicamente a ativa��o da ERK, conseguimos diminuir a degenera��o de fotorreceptores. Por imunofluoresc�ncia verificamos a prote�na ERK fosforilada nas c�lulas da glia de M�ller e microglia, mas n�o nos fotorreceptores. Notamos tamb�m a presen�a de microglia ativada, identificada pela morfologia mediante marca��o para CD11b, em locais justapostos aos fotorreceptores positivos para TUNEL nos primeiros dias de degenera��o da ONL. Conclus�es Nossos experimentos mostraram que a via da ERK tem papel pr�-apopt�tico neste modelo de degenera��o de fotorreceptores, e que o conte�do da forma fosforilada da ERK encontra-se nas c�lulas da glia de Muller e microglia, n�o sendo vis�vel nos fotorreceptores. Estes resultados indicam que a ativa��o de ERK que ocorre nas c�lulas de glia de Muller e/ou na microglia nas retinas de camundonos rd1 � necess�ria para a degenera��o de fotorreceptores. Concluindo, os dados nos permitem sugerir que a Glia de Muller e/ou microglia induzem a degenera��o de fotorreceptores no camundongo rd1, modelo murino de retinose pigmentar. Palavras-chave: Retinose pigmentar, Apoptose, ERK, Glia de M�ller, Microglia |