Poster (Painel)
I.016 | A IMPORTÂNCIA DE ATIVIDADES PRÁTICAS NO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM DE CONCEITOS EM PERCEPÇÃO VISUAL | Autores: | Tatiana Maia Barreto (EEFD/UFRJ - Escola de Educação Física e DesportosOCC - Organização Ciências e Cognição) ; Talita da Silva de Assis (SEEDUCRJ - Secretaria de Educação do Rio de JaneiroIBQM/UFRJ - Instituto de Bioquímica MédicaFE/UFRJ - Faculdade de EducaçãoOCC - Organização Ciências e Cognição) ; Glaucio Aranha (OCC - Organização Ciências e Cognição) ; Alfred Sholl-franco (IBCCF/UFRJ - Instituto de Biofísica Carlos Chagas FilhoOCC - Organização Ciências e Cognição) |
Resumo Objetivos: A percepção consiste em mais do que enviar informações sensoriais a áreas superiores, engloba também processos como consciência e memória, configurando-se num meio para significação de estímulos e leitura do mundo. Desta forma, a percepção pode ser um fator relevante em processos de ensino-aprendizagem. Assim, o objetivo do presente estudo é relacionar aspectos da percepção visual com processos de ensino-aprendizagem a partir da experiência obtida com práticas visuais na “I Semana do Cérebro: Uma NeurAventura Sensorial”.
Métodos e Resultados: Durante a “I Semana do Cérebro: Uma NeurAventura Sensorial (26-27 de Março de 2010) houveram atividades práticas agrupadas em módulos temáticos. O correspondente a visão tinha como um dos objetivos evidenciar aspectos relacionados à percepção visual, explanando-os durante as atividades. Para isto, expôs cinco oficinas: casa distorcida (V1), onde através de uma casa distorcida e algumas imagens foram vistas ilusões de perspectiva; ilusões visuais I (V2), abordando práticas de figura-fundo, efeito stroop e óculos prismáticos; ilusões visuais II (V3), com cores complementares, ponto cego e cinemática do movimento; aprendendo com a visão (V4), destacando a importância da visão para construção de planos motores; tempo de reação (V5), analisando a importância do estímulo visual para o tempo de reação. Cada uma destas contou com monitores voluntários, responsáveis por explicar os conteúdos necessários para o pré-entendimento da mesma, deixando livre o público para experimentação. A coleta de dados foi realizada a partir das observações e relatórios entregues pelos monitores bem como pelos coordenadores do módulo de visão. Buscou-se abordar a importância das experiências anteriores, assim como os impactos que as mesmas causam na formação de memória do indivíduo de maneira a construir uma percepção visual singular. Desta maneira, a padronização de métodos de ensino que não se preocupem com os diferentes olhares sobre os conteúdos assim como os que desconsiderem o conhecimento trazido pelos estudantes apresenta-se como uma iniciativa contraproducente. Assim, o ensino não-formal apresenta-se como um mecanismo motivacional, pois respeita aspectos individuais da aprendizagem, reforçando a relevância dos resultados obtidos os quais mostram que a liberdade dada ao sujeito durante a aquisição do conhecimento foi de grande valor para a apreensão dos conteúdos propostos, gerando uma interação entre sujeito-objeto importante para o sucesso deste processo. Em algumas oficinas específicas, tais como as de ilusões visuais, a diversidade na velocidade de entendimento da atividade variava entre os indivíduos, confirmando a idéia que experiências similares, ou que remetam à temática, poderiam ter interferido na capacidade de compreensão e execução das tarefas pelos participantes.
Conclusão: Observamos que as atividades práticas envolvendo os diferentes aspectos da percepção visual visão foram bem atrativas, mostrando que estas cumpriram seu papel de meio para contextualização e aprendizado de conteúdos relacionados. Além disso, o conhecimento deste conteúdo pode facilitar processos de ensino-aprendizagem, entendendo que diferentes respostas podem ser geradas a partir de uma interação entre sujeito e objeto.
Apoio financeiro: Organização Ciências e Cognição, Espaço Ciência Viva e FAPERJ.
Palavras-chave: Atividades práticas, Percepção visual, Processo de ensino-aprendizagem |