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J.188 | Avaliação do efeito neuroprotetor in vitro do ácido valpróico sobre a viabilidade celular de fatias hipocampais de ratos expostas ao peróxido de hidrogênio | Autores: | Viviane Elsner (UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul) ; Gisele Agustini Lovatel (UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul) ; Paula Elisa de Oliveira (UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul) ; Felipe Moyses (UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul) ; Ana Maria Battastini (UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul) ; Ionara Rodrigues Siqueira (UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul) |
Resumo Objetivos: Várias evidências têm demonstrado o efeito neuroprotetor do ácido valpróico, um anticonvulsivante e estabilizador do humor, em modelos de neurotoxicidade. Foi descrito que o tratamento in vitro e in vivo com ácido valpróico preveniu significativamente o dano celular induzido por ATP em fatias hipocampais de ratos. O uso de diferentes modelos de dano celular é relevante no intuito de traçar o seu perfil neuroprotetor. Assim, o nosso objetivo foi avaliar o efeito da incubação com ácido valpróico contra o dano celular induzido pelo peróxido de hidrogênio (H2O2) em fatias hipocampais de ratos.
Métodos: Ratos Wistar machos adultos de 4 meses de idade foram decapitados, os cérebros foram dissecados e as fatias hipocampais (400µm de espessura) foram imediatamente obtidas utilizando-se um fatiador de tecido (McIlwain Tissue Chopper), sendo posteriormente incubadas durante 30 ou 120 minutos com diferentes concentrações de ácido valpróico (0; 0,25; 0,5; 0,75 e 1 mM) a 37oC. Após a incubação, foi adicionado H2O2 ou não (grupo controle). A viabilidade celular (atividade mitocondrial) foi determinada pela redução do brometo de 3-[4,5-dimetiltiazol-2-il]-2,5-difeniltetrazólio, MTT.
Resultados: As fatias hipocampais expostas ao H2O2 apresentaram uma redução na atividade mitocondrial comparadas ao grupo controle (p < 0,001). A incubação com o ácido valpróico durante 30 ou 120 minutos não protegeu as fatias hipocampais do dano induzido pelo H2O2 (ANOVA de duas vias).
Conclusões: Nossos resultados demonstram que o ácido valpróico não apresentou efeito neuroprotetor in vitro no modelo de dano celular induzido pelo peróxido de hidrogênio (H2O2) em fatias hipocampais de ratos, indicando que a modulação do estresse oxidativo pode não estar relacionada com a neuroproteção descrita em outros estudos.
Palavras-chave: ácido valpróico, viabilidade celular, fatias hipocampais, peróxido de hidrogênio, ratos |