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J.226 | Efeito neuroprotetor de extrato aquoso de Aloysia gratissima em um modelo de epilepsia induzida pelo ácido quinolínico | Autores: | Wagner Carbolin Martins (UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina) ; Ana Lúcia Bertarello Zeni (FURB - Fundação Universidade Regional de BlumenauUFSC - Universidade Federal de Santa Catarina) ; Samuel Vandresen-filho (UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina) ; Daniela Bohn Bertoldo (UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina) ; Leandra Constantino (UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina) ; Carla Inês Tasca (UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina) |
Resumo A Aloysia gratissima é uma planta medicinal utilizada na América do Sul, inclusive no Brasil, no tratamento popular de algumas doenças, principalmente das vias respiratórias e desordens do sistema nervoso central. Tem sido demonstrado que o extrato orgânico e o óleo essencial de Aloysia gratissima apresentam atividade antioxidante e antiviral, respectivamente. O Ácido quinolínico (AQ), um agonista NMDA, é uma potente neurotoxina endógena, cujo acúmulo no cérebro parece estar envolvido na etiopatologia das convulsões. Este trabalho tem por objetivo investigar o efeito neuroprotetor do extrato aquoso de Aloysia gratissima no modelo de epilepsia por ácido quinolínico em camundongos. Camundongos machos Swiss (30-40 g, n= 6/grupo) foram operados para colocação de cânula. O extrato aquoso de Aloysia gratissima foi preparado através de decocção por 5 min. e administrado por via oral (p.o.) na concentração de 100 mg/kg, 1 h antes da administração do ácido quinolínico (i.c.v.). Após 24 horas os animais foram decapitados, os cérebros dissecados rapidamente e as fatias dos hipocampos foram fatiados e analisadas através dos métodos de redução do MTT e incorporação de iodeto de propídio para avaliar viabilidade celular. Os dados foram analisados por ANOVA de uma via, seguido pelo teste de Tukey’s HSD (dados significativos quando p<0,05). A administração do extrato aquoso na dose de 100 mg/kg, p.o. não protegeu os animais das convulsões provocadas pelo ácido quinolínico, mas foi capaz de aumentar a viabilidade celular de forma significativa, protegendo portanto o hipocampo de camundongos da morte celular no MTT e também através do iodeto de propídio. A Aloysia gratissima apresentou efeito neuroprotetor, observada no aumento de viabilidade celular, não sendo capaz de proteger os animais das convulsões. Estes dados indicam a potencialidade do uso deste extrato na proteção do sistema nervoso central, relacionado ao receptor NMDA, estimulando a continuação na elucidação do mecanismo de ação da Aloysia gratissima. Palavras-chave: Ácido quinolínico, Aloysia gratissima, hipocampo, viabilidade celular |