Prêmio
A.026 | Efeitos da Restrição Protéica durante a Gestação e a Lactação sobre a Neurogênese e a Performance Cognitiva e Motora de Ratos | Autores: | Mariana Godoy (UFRJ - universidade federal do rio de janeiro) ; Amanda Santos de Souza (UFRJ - universidade federal do rio de janeiro) ; Louise Moraes (UFRJ - universidade federal do rio de janeiro) ; Monica Lobo (UFRJ - universidade federal do rio de janeiro) ; Omar Vidal (UFRJ - universidade federal do rio de janeiro) ; Marcelo Baldanza (UFRJ - universidade federal do rio de janeiro) ; Maria Tavares do Carmo (UFRJ - universidade federal do rio de janeiro) ; João Pedro Werneck (UFRJ - universidade federal do rio de janeiro) ; Monica Rocha (UFRJ - universidade federal do rio de janeiro) ; Marcia Soares (UFRJ - universidade federal do rio de janeiro) ; Rosalia Mendez Otero (UFRJ - universidade federal do rio de janeiro) ; Marcelo Felippe Santiago (UFRJ - universidade federal do rio de janeiro) |
Resumo Já foi demonstrado que diferentes tipos de restrição protéica modulam a neurogênese hipocampal em ratos adultos. Neste trabalho pretendemos avaliar a neurogênese na SVZ (zona subventricular) e no giro dentado hipocampal, assim como a performance cognitiva e motora de ratos submetidos ao nosso modelo de restrição protéica. Após acasalamento, ratas Wistar foram divididas em grupo controle (GC), recebendo dieta normoprotéica (com 20% de proteína) e grupo submetido à restrição protéica (GRP), recebendo dieta hipoprotéica (com 8% de proteína) até o fim da lactação, quando alguns animais foram sacrificados e outros passaram a receber dieta comercial até a vida adulta. Para avaliação da neurogênese, ratos P20 receberam 3 injeções de BrdU, sendo sacrificados 24 horas após a primeira injeção. Os ratos adultos receberam 9 injeções de BrdU durante 5 dias ou 4 injeções de BrdU em um único dia, sendo sacrificados 3 horas ou 1 mês após as injeções, respectivamente. Os encéfalos dos animais foram processados para imunohistoquímica anti-BrdU, anti-fosfohistona H3 ou anti-Ki-67 para a avaliação da proliferação. Para avaliar a performance cognitiva e motora dos animais logo após a restrição protéica, animais P21 de ambos os grupos foram submetidos aos seguintes testes: campo aberto, esquiva passiva, discriminação olfatória, reconhecimento de objetos e suspensão pela cauda. Para avaliar a memória espacial, animais adultos foram submetidos ao teste do labirinto aquático de Morris. Pelas análises do número de células BrdU+ e Ki-67+ não houve diferença entre os grupos na proliferação na SVZ nos animais P21 e adultos, mas os animais P21 do GRP apresentaram menos células fosfohistona H3+ (GRP: 3,024 ± 0,5907 n=6) em relação ao GC (GC: 6,275 ± 0,9214 n=5). Os animais adultos do GRP também apresentaram um número menor de células de ciclo lento BrdU+ (GRP: 3,733 ± 0,5569 n=5) na SVZ em relação ao GC (GC: 6,797 ± 0,1171 n=4). Não observamos diferenças entre os grupos na proliferação no hipocampo dos animais P21 com nenhum dos marcadores de proliferação. Entretanto, os animais adultos do GRP apresentaram um número menor de células Ki-67+ na camada subgranular (GC: 15,93 ± 0,8381 n=6, GRP: 10,75 ± 0,8616 n=10) do giro dentado hipocampal em relação ao GC. Não observamos alterações na performance motora e cognitiva nos animais do GRP aos 21 dias de vida. Entretanto, os animais P21 do GRP apresentaram um tempo significativamente maior de imobilidade m relação ao GC no teste de suspensão pela cauda. No labirinto aquático de Morris, não observamos diferenças entre os grupos na latência durante o período de treinamento ou no teste de retenção. Assim, concluímos que a restrição protéica durante a gestação e a lactação gerou uma redução no número de células-tronco/ progenitores neurais na SVZ e uma redução na neurogênese hipocampal nos animais adultos, resultando em uma tendência ao comportamento depressivo em animais com 21 dias de vida, sem resultar em déficts na memória espacial nos animais adultos. Palavras-chave: neurogênese, restrição Protéica, memória, depressão, programação metabólica |