Poster (Painel)
J.244 | Efeito do Extrato Padronizado de Ptychopetalum olacoides Bentham na disfunção motora induzida por MPTP. | Autores: | Adriana Lourenço da Silva (UFPEL - Universidade Federa de PelotasUFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul) ; Francieli Dupont Birck (UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul) ; Elaine Elisabetsky (UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul) |
Resumo Desordens no sistema nervoso central relacionado ao envelhecimento, incluindo tremor, são tratadas por populações amazônicas com preparados caseiros contendo Ptychopetalum olacoides (PO). O efeito agudo do extrato etanólico de Ptychopetalum olacoides (EEPO) na redução da intensidade do tremor induzido por MPTP (1-metil-4-fenil-1,2,3,6-tetrahidropiridina), foi observado em trabalhos anteriores. O objetivo deste trabalho foi verificar se o efeito protetor do EEPO, sobre a disfunção motora induzido por MPTP, perdurava ainda alguns dias após a lesão. Camundongos machos, BALB/c, com 2 meses, (N=5-7) receberam MPTP (2x30mg/kg, ip, 16 h de intervalo). Salina, DMSO20%(v/v), EEPO 50mg/kg (2x25mg/kg, ip), EEPO 25mg/kg (2x 12,5mg/kg, ip) e apomorfina 3mg/kg (2x1,5mg/kg, ip) foram injetados 30 minutos antes de cada administração de MPTP. No 3º, 7º, 14º, 21º dia após a 2ª administração do MPTP os animais foram colocados em um tanque com água aquecida a 27 ± 2ºC com altura de 12 cm durante 10 minutos, logo após os animais foram secos e colocados na caixa moradia. O experimento foi filmado e os movimentos de nado dos animais foram analisados pelo programas Noldus. A cada minuto os animais receberam escore quanto ao seu desempenho no nado: 0= só cabeça flutuando; 1= somente a cabeça sobre a água e ocasional nado com as patas traseiras; 2= ocasional nado e flutuação; 3= nado contínuo. Dados analisados por Kruskal-Wallis/Mann-Whitney. A disfunção motora pode ser observada nos animais que receberam controle+MPTP no 3º dia (P<0,05) e 7º dia (P<0,05) após a segunda administração da toxina, sendo que no 14º e 21º dia os animais mostraram recuperação motora, não havendo diferença entra animais controles com ou sem toxina. Os grupos EEPO 50 mg/kg + MPTP e Apomorfina + MPTP mostraram-se semelhante ao grupo controle sal + sal não apresentando déficit motor. O tratamento com o EEPO 50 mg/kg aumentou o tempo e qualidade motora dos animais no 3° dia e no 7º dia após administração de MPTP (P<0,05). Contudo, o grupo Apomorfina+MPTP não apresentou melhora na qualidade motora quando comparado ao grupo Controle +MPTP, no 7º dia, nos últimos 7 minutos de observação. O nado é uma manifestação do disturbio motor que pode ser acompanhada no decorrer de algumas semanas após a lesão por MPTP e permite analisar os efeitos comportamentais a médio prazo. Semelhante ao observado anteriormente com relação ao tremor, EEPO parece manter a proteção contra o dano motor induzido pelo MPTP, mesmo após 7 dias da administração do extrato. Estudos anteriores demonstraram correlação entre a redução nos níveis de dopamina estriatal e diminuição no escore de nado induzido por MPTP. Desta forma, estudos posteriores serão necessários para estabelecer se a minimização do déficit motor produzido pelo EEPO está relacionada à neuroproteção contra o dano dopaminérgico induzido por MPTP. Patente: PI0307647-4, INPI/BR/US61/297442. Apoio: CNPq Palavras-chave: Doença de Parkinson, Ptychopetalum olacoides, MPTP, Dopamina, neuroproteção |