Prêmio
A.025 | Quanto pesa un neurônio? Regras universais de acréscimo de glia em mamíferos e suas implicações para o desenvolvimento e evolução do encéfalo | Autores: | Bruno Coelho César Mota (NACO - UFRJ - Laboratorio de Neuroanatomia Comparada, Anatomia, ICB, UFRJ) ; Suzana Herculano-houzel (NACO - UFRJ - Laboratorio de Neuroanatomia Comparada, Anatomia, ICB, UFRJ) |
Resumo Mostramos que as regras alométricas para as células gliais são substancialmente as mesmas, para primatas e roedores, e para todas as estruturas encefálicas analisadas (córtex, cerebelo e demais estruturas). Isto implica que a massa média das células gliais, e a razão entre massa total neuronal e glial, são aproximadamente as mesmas para todos estes casos. Usando um modelo simples, porém plausível, relacionando as frações de massa neuronal e glial, a massa média de cada tipo de célula, e a suas densidades por unidade de volumes, e analisando os resíduos advindos das relações alométricas supracitadas, fomos capazes de obter a uma estimativa para a massa média dos neurônios e glia, para cada uma das estruturas analisadas, e para cada especie. Nosso simples modelo fenomenológico postula um processo evo-devo (de evolução através de modificações no programa do desenvolvimento) de variação do tamanho das estruturas encefálicas a partir da incorporação de múltiplos de uma unidade fundamental quase invariante composto de uma massa neuronal fixa acompanhada de um número fixo de células gliais. Estes resultados podem levar a um melhor entendimento da estrutura do cérebro em mamíferos, e em particular, a um entendimento mais apurado das estrategias evolutivas de otimização que diferentes ordens e diferentes estruturas para diferentes tamanhos de cérebros. Palavras-chave: evo-devo, fração glial/neuronal, fracionador isotrópico, massa média glial/neuronal, universalidade glial |