SBNeC 2010
Resumo:J.258


Poster (Painel)
J.258EFEITO DA SEIVA DE JATROPHA CURCAS SOBRE A INGESTÃO DE ÁGUA E SAL EM RATOS WISTAR INTOXICADOS POR ALUMÍNIO
Autores:Siany da Silva Liberal (UFOPA - UNIVERSIDADE FEDERAL DO OESTEDO PARÁUFOPA - UNIVERSIDADE FEDERAL DO OESTEDO PARÁUFOPA - UNIVERSIDADE FEDERAL DO OESTEDO PARÁ) ; Rosany Lopes Martins (UFOPA - UNIVERSIDADE FEDERAL DO OESTEDO PARÁ) ; Ricardo Bezerra de Oliveira (UFOPA - UNIVERSIDADE FEDERAL DO OESTEDO PARÁ) ; Domingos Luiz Wanderley Picanço Diniz (UFOPA - UNIVERSIDADE FEDERAL DO OESTEDO PARÁ)

Resumo

Introdução: O vegetal Jatropha curcas, conhecido como “Pião Branco” (PB) foi estudado por apresentar uma ampla distribuição desde em zonas tropicais, até áridas e semi-áridas do globo e por ser fonte de vários metabólitos secundários para medicamentos. Em suas folhas, frutos, cascas e no látex contém: glicosídeos, taninos, fitoesteróis e flavonóides, inclusive, alguns de seus princípios ativos apresentaram ação bactericida e fungicida, sendo, por todas essas características bioquímicas pode ser considerada como uma espécie promissora para a produção de biofármacos. Estudos preliminares desenvolvidos no Laboratório multidisciplinar do Núcleo Universitário de Oriximiná (UFPA→UFOPA) mostraram que o tratamento com a seiva reduziu edema e migração celular em modelo de bolsa inflamatória em ratos, abrindo assim um novo campo de exploração para estudos em inflamação, incluindo o sistema nervoso. A inflamação no sistema nervoso pode ser causada, por diversos agentes agressores incluindo metais poluentes como o alumínio que pode acumular no tecido nervoso e gerar processos inflamatórios. Objetivo: Investigar os efeitos da seiva de Jatropha curcas sobre a ingestão de água e sódio em ratos Wistar intoxicados por alumínio. Metodologia: Foram utilizados ratos Wistar (200± 230g) provenientes do Núcleo Universitário de Oriximiná. Os animais foram mantidos em gaiolas individuais sob condições de temperatura (27±2°C) e de luminosidade 12 horas de claro e 12 horas de escuro e receberam água e alimento. As medidas de ingestão de água e NaCl (0,3M), foram realizadas após privação de água e alimento por 36h, seguido do protocolo de teste de ingestão seletiva, que consiste em 2h (re-hidratação parcial) com medidas de ingestão de água em intervalos de 30 min, seguida de medidas de ingestão seletiva 1h (medidas de ingestão de água e NaCl 0,3M em intervalos de 15min). O extrato aquoso da seiva de Jatropha curcas (i.p) à 1 %, foi administrado 2 dias antes e durante os 3 dias de contaminação por alumínio 7,5mg/ kg peso corporal (via oral). O teste estatístico realizado foi “Test t” Resultados: Na re-hidratação parcial o alumínio provocou uma diminuição (p< 0,05) na ingestão cumulativa de água após privação (36h). No tratamento associado - seiva de Pião Branco (Pb 1%) e alumínio-, não observamos os efeitos inibitórios, obtidos na administração do alumínio somente. Enquanto que no teste de ingestão seletiva o tratamento com Pb 1%, resultou em um aumento da ingestão cumulativa de água (p<0,05), nos tempos de 15, 30 e 45 min. E uma diminuição da ingestão de sódio (NaCl 0,3M) foi observada após o tratamento de alumínio 7,5 mg/Kg nos tempos 30, 45 e 60 min (p< 0,01) quando comparados ao grupo controle, o tratamento associado com Pb1% promoveu uma recuperação da ingestão de sódio no tempo 45 (p<0,05) quando comparamos ao grupo alumínio somente. Conclusão: O alumínio pode provocar diminuição na ingestão de água e sódio e o tratamento com seiva Jatropha curcas parece reverte algumas dessas alterações provocadas promovendo um aumento da ingestão.


Palavras-chave:  ALUMÍNIO, NaCl, INGESTÃO, JATROPHA CURCAS